Desde às 22h de quarta-feira (19/09), os trabalhadores dos Correios deflagaram greve. Na pauta, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (Sintectpi), alega uma série de ataques aos direitos da categoria já conquistados.
“Não é nem uma questão salarial. A greve está mais relacionada com os direitos que estão sendo ameaçados. A ideia é parar 100%. Mas, até agora as bases do Acre, Rondônia e Roraima não aderiram”, conta à reportagem do OitoMeia a assessoria de imprensa do Sintectpi. Os serviços deverão ficar suspensos durante toda a greve.
Entenda: Correios pode entrar em greve por tempo indeterminado após assembleia
O sindicato alega que após a deflagração da greve nenhuma outra negociação foi proposta pelo Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). “Pelo contrário. Entre as negociações sugeridas está a proposta de um novo acordo que retira nossos direitos. O principal motivo desta greve são os ataques que a categoria vem sofrendo”, pontua o Sindicato.
A greve deve ocorrer por tempo indeterminado até que a ECT apresente propostas viáveis para a categoria. “Já pararam 28 bases do total de 31 que temos em todo o Brasil. A ideia é parar os serviços em sua totalidade. 100%”, completa.
REIVINDICAÇÕES
Quanto à segurança nas unidades de Correios, era garantida a adoção de medidas para assegurar a segurança física do trabalhador e do cliente, mas a empresa está propondo, segundo informações, uma alteração para aplicar somente um kit básico de segurança, composto por cofre com retardo e câmeras;
Ainda segundo levantamento dos Correios, a ECT teria proposto a exclusão de diversas cláusulas, entre elas: a que garante a realização de concurso público. Impossibilitando, dessa maneira, a reposição do quadro de empregados dos Correios;
Outra proposta de exclusão da empresa estaria relacionada às multas de trânsito, que atualmente são responsabilidade da ECT. Com a retirada dessa cláusula os trabalhadores terão que assumir a responsabilidade que antes era do Correios;