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Beleza

Com diagnóstico precoce, calvície pode ser controlada e estabilizada

Roberto Araújo - 11 de abril de 2018 às 14:16
Calvície é uma preocupação estética mais comum nos homens (Foto: Reprodução)

A calvície é uma das principais preocupações masculinas, quando o assunto é estética. Cerca de 42 milhões de brasileiros são acometidos pelo problema. Apesar do mal atingir mais a população de meia idade, muitos jovens apresentam indícios de calvície e tomam medidas para retardar sua progressão. A grande maioria das pessoas portadoras de calvície só notam que estão evoluindo para esse estágio quando já perderam cerca de 30% dos fios.

Segundo a dermatologista Kamilla Santos, geralmente os pacientes relatam que despertaram para o problema com a queda grande de fios visto no travesseiro, no pente e até no chão do banheiro. “Quando a pele do couro cabeludo se torna aparente, pelo fino e rarefação dos cabelos, as pessoas se assustam e procuram ajuda do médico especializado”, explica.

Dermatologista Kamilla Santos: ” O tratamento baseia-se em estimulantes do crescimento, “engrossadores” dos fios e em bloqueadores hormonais” (Foto: Reprodução)

A causa mais comum da calvície é a genética, herdada da família do pai ou da mãe. Leva o nome científico de Alopecia Androgenética e pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, sendo mais comum aparecer nas faixa etária de 25 a 45 anos. Existem outras causas, como as alterações hormonais decorrentes de doenças da tireoide (hiper ou hipotireoidismo); síndrome dos ovários policísticos; algumas doenças autoimunes e as alopecias decorrentes de trauma acidental.

Já existem no mercado alguns tratamentos para evitar ou diminuir a queda do cabelo, quando o diagnóstico é precoce a chance de atingir bons resultados é ainda maior.  O tratamento baseia-se em estimulantes do crescimento, “engrossadores” dos fios e em bloqueadores hormonais. O objetivo do tratamento é estabilizar o processo e recuperar os fios ainda viáveis, aumentando o número de fios e tornando-os mais grossos. Os bloqueadores hormonais são medicamentos via oral; nos homens, a finasterida é a mais usada. Nas mulheres, anticoncepcionais, espironolactona, e a própria finasterida podem ser receitados. Nos casos mais extensos, um transplante capilar pode melhorar o aspecto estético.

“Após o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado , para impedir que novos cabelos afinem e caiam. Em pessoas com leves entradas e rarefações, é possível obter ótimos resultados. Em casos mais graves e avançados, pode ser necessário o transplante capilar como adjuvante ao tratamento clínico, orienta.

Os tratamentos mais frequentes são: uso contínuo de tópicos capilares, medicações sistêmicas, lasers de baixa potência , luzes de led, MMP( microinfusão de medicamentos na pele),microagulhamento. Segundo Kamilla, o laser atua como um potencializados dos efeitos da medicação tópica, além de melhorar a microcirculação do couro cabeludo . “É um tratamento que pode ser usado a longo prazo” , explica.

Kamilla Santos lembra ainda que o problema não atinge só os homens. “Apesar de mais comum entre os homens, as mulheres também podem sofrer com a calvície, que atinge cerca de 5% da população feminina. Nas mulheres, a região central é mais acometida, pode haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo. Nos homens, as áreas mais afetadas são a coroa e a região frontal (entradas)”finalizou a médica.

Roberto Araújo