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Estilo de vida

THE: Professor de luta dá dicas sobre como mulheres podem se defender da violência

Técnica de ensinamento reúne treinamento físico e técnico, preparação psicológica e mental e conhecimento legislativo. Aulas acontecem aos sábados e domingos na Potycabana

Paula Sampaio - 28 de março de 2019 às 17:04
Professor Bruno Oliveiros em treinamento com aluna (Foto: Divulgação)

A defesa pessoal não está relacionada apenas à força. A mente também é algo fundamental nessa prática. Esta é uma  das lições ensinadas pelo professor de luta, Bruno Oliveiros, que instrui técnicas de defesa pessoal para mulheres em Teresina. As aulas acontecem nas tardes de sábado e domingo na Potycabana.

Em entrevista ao OitoMeia, Oliveiros explicou que a técnica de ensinamento reúne treinamento físico e técnico, preparação psicológica e mental e conhecimento legislativo. A aluna aprende o que, de fato, é uma agressão, como e quando se pode reagir em uma situação de perigo. Assim como a vítima também aprende a avaliar se realmente deve contrapor-se àquela situação.

“As aulas vão muito além de técnicas físicas, pois quando a mentalidade está preparada para lidar com diversos tipo de agressões, permite que você identifique esses tipos de violência e consiga lidar elas com muito antes que uma agressão chegue à acontecer de fato”, declarou.

Segundo o professor, pelo menos 50% dos alunos treinados por ele são mulheres entre 18 e 30 anos. As diversas estatísticas divulgadas todo ano revelam os motivos que levam ELAS à procurarem a defesa pessoal: foram 452 casos de violência doméstica em 2018 no Piauí, segundo o Mapa da Violência Contra a Mulher. O estudo ainda mostra que no estado, mais de 929 mulheres sofreram violência sexual no mesmo ano.

COMO AS AULAS FUNCIONAM?

Para o professor, corpo e mente devem trabalhar juntos em um momento de tensão. Segundo ele, o objetivo da técnica que envolve treinamento físico, psicológico e legislativo, é de preparar a mulher, não apenas para o momento em que terá que se defender, mas também para prevenir-se e evitar o embate real.

“A maioria dos agressores são homens próximos às mulheres, então nas aulas estudamos diversos cenários,  para que as meninas entendam o que de fato é uma agressão. Pode ser uma agressão física, vinda de homem mais forte ou uma agressão psicológica”, afirmou.

E as aulas não servem apenas para mulheres, a procura por este tipo de aula vem crescendo entre os homens também.

O treinamento que é dividido em duas partes, uma prática e a outra teórica, acontece aos sábados e domingos, às 18h, na Potycabana, na zona Leste de Teresina. As aulas teóricas acontecem de forma online, por meio de vídeos e apostilas.

Paula Sampaio