Menu
redacao@oitomeia.com.br
(86) 98119-5253    29/03/2024
Polícia

James Guerra: “O interesse no sumiço do Caso Fernanda Lages é do Ubiraci Rocha”

Redação OitoMeia - 7 de março de 2017 às 08:16

“Se tem alguém interessado no sumiço do processo, esse interesse é do Ubiraci Rocha”. A frase é do atual presidente da Fundação Wall Ferraz, James Guerra, que foi o delegado geral na época do emblemático Caso Fernanda Lages, que está há cinco anos sem ser solucionado.

Ele concedeu entrevista na manhã desta terça-feira (07/03) ao programa Bom Dia Meio Norte, apresentado por Ieldyson Vasconcelos na TV MN, e criticou o pedido de retirada do promotor Ubiraci Rocha do Caso Fernanda Lages. O pedido foi feito na sexta-feira de Carnaval, 24 de fevereiro passado, já aceito pelo procurador geral Cleandro Moura.

Leia ainda: Caso Fernanda Lages: Trabalho de Cleandro, Regis e de todo o MP colocado em xeque por Ubiraci

Caso Fernanda Lages: Onde está o assassino do ‘pé 42’ revelado pelo MP?

Ubiraci quer sair do Caso Fernanda Lages; James critica (Foto: Divulgação)

Para James Guerra, o procurador Cleandro Moura não deveria aceitar a saída de Ubiraci Rocha, pois foi ele quem esteve acompanhando todo o caso desde o início e quem mais “inflamou”, junto com o agora aposentado Eliardo Cabral, a família de Fernanda Lages de que havia um assassino, figurão e que calçava sapato do tamanho 42.

“Tomara que o procurador geral não aceite a saída do promotor Ubiraci Rocha do Caso Fernanda Lages. Se aceita, cai numa grande armadilha. Porque eu acho muito estranho que ele, Ubiraci, saia em uma sexta de Carnaval depois de ter acabado com o trabalho das Polícias Civil e Federal, policiais vindos de outros estados, sempre condenando. Agora coloca em suspeição o próprio Ministério Público”, afirmou.

CULPA AO PROMOTOR REGIS

James Guerra disse que condenar as instituições faz parte da “personalidade” de Ubiraci Rocha. “Ele agora culpa o promotor Regis, o qual nem conheço, de ter sumido com parte do processo. Aliás, ele culpa todo o MP”, afirmou. O ex-delegado, inclusive, diz que se Ubiraci e qualquer membro do MP quiser pode ter acesso a uma segunda via do processo: “Não existe sumiço nenhum. As Polícias Civil e Federal têm cópias. Se ele não confiar, que peça ao jornalista Arimateia Azevedo, para quem ele deu uma cópia”.

A família de Fernanda Lages, que é da cidade de Barras, completará seis anos, em 25 de agosto de 2017, sem saber o que de fato fez com que a estudante de Direito fosse encontrada morta no prédio em obras do Ministério Público. O ex-delegado geral disse ser responsável por tudo que foi apresentado, naquela época, pela Polícia Civil do Piauí: “Nós não queremos desmentir o promotor Ubiraci. Não é isso. Queremos que ele apenas prove tudo que disse, indo para a imprensa e acabando com nosso trabalho. O que mais queremos é que a família desta jovem tenha a paz nesse caso”.


Redação OitoMeia