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Polícia

Caso Salve Rainha: Após ficar 32 dias preso, acusado é solto

Allisson Paixão - 2 de dezembro de 2016 às 07:45
Moaci é acusado de ter provocado o acidente que matou duas pessoas (Foto: Divulgação)
Moaci é acusado de ter provocado o acidente que matou duas pessoas (Foto: Divulgação)

Condenado a prisão, por tempo indeterminado após não cumprir medidas cautelares, Moaci Moura da Silva Júnior, foi solto na tarde desta quinta-feira (1º/12). Ele estava preso na Casa de Custódia acusado de provocar o acidente que matou os irmãos Francisco das Chagas Júnior Araújo e Bruno Queiroz.

A decisão é de quarta-feira (30/11), após os desembargadores da 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, Edvaldo Moura, José Francisco do Nascimento e Pedro de Alcântara, decidirem por revogar o pedido de prisão preventiva ao acusado. A juíza Maria Zilnar Coutinho havia decretado a prisão de Moaci Moura da Silva Júnior, por descumprimento de medidas , como por exemplo não comparecer às audiências.

Moaci recusou-se a ir para audiência e apresentou-se à Polícia no dia 21 de outubro deste ano após o pedido de prisão solicitado pelo Tribunal do Júri. Moaci estava numa cela da Casa de Custódio junto a outros presos e foi informado por seus advogados que seria solto na quinta-feira, após a revogação concedida ainda na quarta-feira. Familiares e advogados foram busca-lo, de maneira discreta para evitar que houvesse cobertura da imprensa.

O acusado, entretanto, continua tendo de cumprir com as medidas cautelares impostas, como ter a sua carteira nacional de habilitação suspensa, proibição para sair de casa das 21h às 5h, proibição de frequentar festas, boates, bares e restaurantes, proibição de se ausentar de Teresina ou mudar de endereço, comparecimento pelo menos uma vez por mês ao Centro de Assistência ao Preso Provisório (5º andar do TJ-PI) e comparecimento às audiências e todos os atos do caso.

Bruno e Júnior morreram; Jader sobreviveu (Foto: Divulgação)
Bruno e Júnior morreram; Jader sobreviveu (Foto: Divulgação)

RELEMBRE O CASO
Era noite do dia 27 de junho deste ano. Dirigindo um veículo Toyota Corolla, de cor preta, em alta velocidade e sob efeito de bebidas alcoólicas, segundo apontou a perícia, Moaci colidiu violentamente em um cruzamento da avenida Miguel Rosa, Centro de Teresina, no Volks Fusca, cor branca, conduzido por Bruno e que levava o irmão Júnior e o amigo Jade Damasceno. Bruno morreu no local e Júnior faleceu quatro dias depois, no hospital.

Jader ficou internado, saiu com sequelas, mas sobreviveu à tragédia. Moaci tentou fugir do local do acidente. Foi levado preso e solto no mesmo dia após pagar fiança no valor de R$ 7 mil. O caso está ainda sendo para apreciação judicial. No dia 21 de outubro o caso foi levado para decidir se Moaci iria ou não a júri popular. O advogado de Moaci, Eduardo Faustino,  alegou complexidade no caso e pediu mais tempo para elaborar as alegações finais. A juíza concedeu.


Allisson Paixão