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Estilo de vida

Falar mais de uma língua retarda em até cinco anos o início de Alzheimer

Redação OitoMeia - 26 de abril de 2017 às 11:02
Falar mais de uma língua retarda em até cinco anos o início de Alzheimer (Foto: Reprodução)

Falar e escrever em outros idiomas são fundamentais para manter o cérebro ativo. Várias pesquisas já confirmaram que aprender um segundo idioma beneficia o cérebro em qualquer idade. Recentemente,um estudo da Universidade Vita-Salute San Raffaele na Itália comprovou que falar mais de uma língua pode retardar em até cinco anos o início dos sintomas do Alzheimer, que tem como principal consequência a perda da memória.

A pesquisa comparou 45 pessoas que falavam alemão e italiano fluentemente com 40 pessoas que falavam apenas um desses idiomas. Os participantes de ambos os grupos tinham suspeita de Alzheimer e os resultados mostraram que os integrantes do grupo bilíngue que apresentaram sintomas da doença eram, em média, cinco anos mais velhos do que os participantes do grupo monolíngue. Além disso, imagens cerebrais mostraram que essas pessoas também tinham maior conectividade em áreas do cérebro associadas ao controle executivo na parte esquerda do cérebro

A professora de idiomas Lina Carvalho ressalta que manter a mente sempre em atividade é uma das melhores formas de adiar a deterioração da mesma. “O cérebro é um músculo que precisa se exercitar, como qualquer outro, e o estudo de idiomas auxilia nesse processo. Todas as atividades mentais estimulam o cérebro e constroem uma espécie de reserva cognitiva, mesmo quando já se encontra em declínio físico. Não importa qual seja o idioma, seja inglês, francês, espanhol, italiano ou alemão. O importante é manter o cérebro ativo”, afirma a diretora pedagógica da Wizard Teresina.

A educadora destaca que estudantes de língua estrangeira possuem uma capacidade de memória bem maior do que os monolíngues. “Quem domina duas línguas tem a oportunidade de aprender duas palavras para cada conceito. Então, possuem uma maior flexibilidade. Aplicar esse aprendizado cotidianamente aumenta a capacidade de memorizar situações”, declara.

Mas, Lina Carvalho pontua que ser bilíngue não impede que o Alzheimer apareça. “Uma vez que a doença começa a se manifestar de forma silenciosa o esforço mental exigido durante o aprendizado e a prática proporcionam uma proteção maior para que os sintomas não se manifestem tão rapidamente, prologando assim o início da doença”, disse.

Dentro deste processo, a professora de idiomas afirma que conhecer as particularidades de cada aluno é fundamental. “Sempre é tempo para absorver novas informações. E investir em um processo de comunicação plena que envolve fala, escrita, leitura, além de trabalhar com situações do dia a dia favorecem o aprendizado. Dessa forma, eles exercitam a memória”, finaliza.

Redação OitoMeia